sábado, 26 de novembro de 2016

Crise migratória na Europa e nos Estados Unidos

Cepesf-Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire

Crise migratória na Europa e nos Estados Unidos 


Resumo 
Este artigo foi desenvolvido como parte das atividades desenvolvidas na disciplina de Geografia e tem como objetivo mostrar a crise na Europa decorrente aos problemas políticos econômico no mundo, o que é, as causas, o por que.                    Palavras-Chave: Crise: Europa; Imigrantes. 
1-Conceito de Migração 
A Migração é o ato do individuo de sair do seu lugar de origem, que pode ser de uma cidade para outra ou até mesmo de um continente para outro. Isso pode ocorrer por diversos motivos diferentes na maioria das vezes por busca de melhores condições de vida, esse quadro encaixa vários fatores como: desemprego, fome, falta de saneamento básico, guerras, a procura no ''escuro'' para um novo começo, problemas políticos dentre outros. 
2-Crise Nos Estados Unidos 
A imigração aos Estados Unidos se tornou um dos maiores fenômenos globais durante o século XX. Alguns fatores, entretanto, estariam indicando que, especialmente a partir da crise econômica de 2008, os fluxos migratórios ao país norte-americano poderiam estar diminuindo. Este trabalho busca analisar tal movimento recente de imigração aos Estados Unidos à luz do histórico das políticas migratórias adotadas no país, partindo da hipótese de que a aparente redução da imigração aos Estados Unidos se trata de uma questão temporária. Inicialmente, é examinado o histórico da imigração aos Estados Unidos desde os primeiros imigrantes do país até a década de 1970, em que são abordados os principais acontecimentos históricos desta fase e sua influência na imigração, com destaque às políticas migratórias adotadas no período. A seguir, analisa-se a maneira como os índices migratórios se elevaram fortemente ao final do século XX. São debatidos os motivos que levaram a este aumento e a forma como os Estados Unidos lidaram com a questão. Por fim, o trabalho aborda alguns fatores da década de 2000 que poderiam estar causando uma redução nos índices migratórios aos Estados Unidos. São eles a crise econômica de 2008; o aumento da segurança da fronteira americana com o México; as políticas migratórias do final dos anos 2000 (com destaque à proposta da reforma do sistema migratório de Barack Obama e a lei SB 1070 do estado americano do Arizona); e as condições internas de alguns dos países de origem dos migrantes (México, América Central e Caribe, Brasil e alguns países asiáticos) e a maneira como elas afetam a imigração de nacionais destes países aos Estados Unidos. A análise realizada aponta que, embora tenha havido uma redução dos índices migratórios em comparação aos anos 1990, a leve tendência de queda apresentada ao final da década de 2000 não configura um movimento permanente, mas, sim, insere-se na tradição da imigração aos Estados Unidos de apresentar diferentes fluxos de crescimento e queda ao longo de sua história. 
3-Crise Na Europa 
Crise migratória na Europa, também conhecida como crise migratória no Mediterrâneo crise de refugiados na Europa, é como denomina-se a crítica situação humanitária vivida pelas centenas de milhares de refugiados, oriundos majoritariamente da África e Oriente Médio, e da Ásia (em menor proporção), que buscam chegar na Europa Ocidental. 
Esse fluxo migratório atingiu níveis críticos ao longo de 2015, com um aumento exponencial (de centenas de milhares de pessoas) tentando entrar na Europa e solicitando asilo, fugindo de seus países, devido a guerras, conflitos, fome, intolerância religiosa, terríveis mudanças climáticas, violações de direitos humanos, desesperança e outros, e somando-se a tudo isso, uma ação massiva de intimidamento, violência e opressão executadas por grupos que controlam o tráfico ilegal e exploram esses migrantes totalmente vulneráveis. 
A crise surgiu em consequência do crescente número de migrantes irregulares que buscam chegar aos estados membros da União Europeia, através de perigosas travessias no Mar Mediterrâneo e pelos Bálcãs, procedentes da África, Oriente Médio e Ásia do Sul. 
É a maior onda migratória e consequente crise humanitária enfrentada pela Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, é uma "crise mundial que necessita de resposta europeia". 
4-Síria 
4.1-Por que a Síria está em guerra? 
Desde 26 de janeiro de 2011 o país está em guerra civil, o que quer dizer que os próprios sírios estão lutando entre si. Já morreram mais de 70 mil pessoas e um milhão saíram do país, fugindo da guerra. 
4.2-Estão brigando por causa do quê? 
Uma parte do povo sírio quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 13 anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos. 
4.3-Motivo da Revolta? 
Isso aconteceu por causa da chamada Primavera Árabe, que começou no final de 2010, quando o ditador da Tunísia foi derrubado e incentivou vários outros países a fazer o mesmo – como, por exemplo, o Egito. 
4.4-Causas 
Entre 2007 e 2011, um grande número de imigrantes ilegais provenientes do Médio Oriente e África cruzaram a fronteira entre a Turquia e a Grécia, levando a Grécia e a Agência de Proteção das Fronteiras Europeias (Frontex) a atualizar os controles nas fronteiras. Em 2012, o fluxo de imigrantes para a Grécia por terra diminuiu 95% após a construção de uma cerca em parte da fronteira greco-turca, que não segue o curso do rio Marista (Evros). Em 2015, a Bulgária seguiu com a atualização de uma cerca de fronteira para impedir os fluxos migratórios através da Turquia. Em particular, o reaviva mento do conflito na Líbia, no rescaldo da guerra civil, tem contribuído para uma escalada de partidas daquele país. 
O naufrágio de migrantes ocorrido em 2013 na costa da Ilha de Lampedusa envolveu mais de 360 mortes, levando o governo italiano a estabelecer Operação Mare Nostrum, uma operação naval de grande escala que envolvia busca e salvamento, com alguns migrantes trazidos a bordo de um navio de assalto anfíbio naval. Em 2014, o governo italiano terminou a operação, citando o custo ser demasiado grande para um Estado da União Europeia sozinho gerir; A Frontex assumiu a principal responsabilidade pelas operações de busca e salvamento, denominada Tritão. O governo italiano solicitou fundos adicionais da UE para continuar a operação, mas os Estados-Membros não ofereceram o apoio solicitado. O governo do Reino Unido citou temores de que a operação atuasse como um involuntário fator de atração incentivando mais migrantes a tentar a travessia marítima e, assim, levando a mais mortes trágicas e desnecessárias. O seu orçamento mensal é estimado em 2,9 milhões 
4.5-Números de Imigrantes 
Segundo a Organização Internacional de Migração, até 3.072 pessoas morreram ou desapareceram em 2014 no Mediterrâneo durante a tentativa de migrar para a Europa. As estimativas globais são de que mais de 22 mil imigrantes morreram entre 2000 e 2014. 
Em 2014, 283.532 migrantes irregulares entraram na União Europeia, sobretudo seguindo a rota do Mediterrâneo Central, Mediterrâneo Oriental e rotas dos Bálcãs Ocidentais. 220.194 migrantes atravessaram fronteiras marítimas da UE na Europa Central, Oriental e Ocidental do Mediterrâneo (um aumento de 266% em relação a 2013). Metade deles tinha vindo da Síria, Eritreia e do Afeganistão. 
Em 2015 até o mês de setembro, a OIM (Organização Internacional de Migração) afirmou que o número de imigrantes havia batido a marca de 350.000. 
A Alemanha estimou em 800.000 o número de pessoas que pedirão asilo a algum país da União Europeia em 2015. 
5-Quem são os imigrantes? 
De todo o contingente que cruzou o Mar Mediterrâneo em direção a Europa durante os primeiros seis meses de 2015, um terço era formado por homens, mulheres e crianças da Síria, cujos cidadãos têm sido quase universalmente reconhecidos como refugiados ou elegíveis a outras formas de proteção internacional. Os outros dois terços são majoritariamente originários de países como Afeganistão e Eritréia 
6-Custos Gerados na Travessia 
Para atravessar o Mediterrâneo, os imigrantes se arriscam em embarcações superlotados sem o mínimo de segurança. Aliciados por traficantes de pessoas, os passageiros acabam desembolsando quantias maiores do que R$ 10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo – um único barco pode render US$ 1 milhão. 
Apesar do pagamento alto, eles não têm qualquer garantia de que terão seus pedidos de refúgio aceitos. Muitos não ficam no destino final e são mandados de volta aos seus respectivos países de origem. 
7-Xenofobia  
O problema da xenofobia na Europa vem intensificando-se ao longo do tempo. O continente, assim como os Estados Unidos, é um dos locais do mundo que mais recebem imigrantes, além de contar com uma elevada migração interna, graças à livre circulação de pessoas que atinge a maior parte dos países-membros da União Europeia. Com isso, a xenofobia, que é a aversão, o preconceito ou a intolerância para com grupos estrangeiros, aumenta a cada dia. 
Assim, aumenta-se a intolerância para com os grupos estrangeiros, motivada pelas diferenças culturais e sociais, com inúmeros casos de intolerância social, racial e religiosa. Não obstante, a população europeia também se considera ameaçada pelos estrangeiros, com o receio de que eles diminuam a oferta de emprego e atrapalhem os rumos da economia, enviando dinheiro ao exterior (geralmente, seus lugares de origem) e diminuindo a circulação econômica interna. Tais medos intensificaram-se durante a recente crise econômica financeira. 
8-As Vantagens e desvantagens da imigração 
"A imigração beneficia os países, os de origem e os de destino, diz o Estudo Económico e Social Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) deste ano. Contudo, apesar dos aspectos positivos, como o desenvolvimento económico, o fluxo de pessoas para outros Estados - em 2000, cerca de 175 milhões de pessoas viviam fora do país onde nasceram - levanta também algumas dificuldades, como a "fuga de cérebros". Por exemplo, o emigrante médio que sai da América Latina ou da Ásia tem mais do dobro da escolaridade do que os que ficam. Os medos de que os que chegam ao novo país roubem postos de trabalho ou façam baixar os salários não passam disso mesmo, de receios. O relatório - que foi elaborado pelo departamento dos Assuntos Económicos e Sociais da ONU -, afirma que não existe uma baixa significativa dos ordenados, nem das taxas de emprego entre a população do país de acolhimento.  Além disso, os imigrantes fazem subir a procura de bens e serviços, contribuem para o aumento do produto interno bruto e para os cofres do Estado, mais do que aquilo que recebem de retorno, acrescenta o relatório. Isto não acontece apenas no Estado que os recebe, mas também naquele de onde saíram. Os países de origem podem, se adoptarem políticas corretas, ressalva o relatório, maximizar os benefícios das remessas enviadas pelos emigrantes. Atualmente, essas remessas rondam os 60 mil milhões de euros. Os emigrantes residentes no estrangeiro são ainda "grandes investidores" nos seus países. Mas há perdas associadas à emigração, como a "fuga de cérebros", salienta o estudo. A escolaridade dos emigrantes africanos é três vezes superior à daqueles que ficam, o que se traduz numa pesada factura para o país de onde saem. É que esses Estados, em vias de desenvolvimento, perdem em termos de criatividade e inovação e ainda economicamente, já que aqueles que saem não pagam impostos.  

Alunos:  
Leandro Henrique 
Viviane do Vale 
Ianna Kelly 
Tifany Oliveira 
João Matheus 
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Um comentário:

  1. Inicialmente, é examinado o histórico da imigração aos Estados Unidos desde os primeiros imigrantes do país até a década de 1970, em que são abordados os principais acontecimentos históricos desta fase e sua influência na imigração, ... = http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/70009
    Esse fluxo migratório atingiu níveis críticos ao longo de 2015, com um aumento exponencial (de centenas de milhares de pessoas) tentando entrar na Europa e solicitando asilo, fugindo de seus países, devido a guerras, conflitos, fome, intolerância religiosa, terríveis mudanças climáticas,... = https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_migratória_na_Europa

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